AS FOTOGRAFIAS PUBLICADAS NESTE BLOGUE, TIVEREM A SUA ORIGEM NUMA EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIAS E ESTIVEREM PATENTES NOS SEGUINTES ESPAÇOS:
Restaurante Casa Marisca - Ponta Delgada - Maio a Junho 2002
Convento de São Francisco - Vila Franca do Campo - Julho 2002
Casa dos Açores do Norte - Porto - Janeiro 2003
Casa dos Açores do Algarve - Faro - Abril 2004
Lançamento do Livro - Estufas da Profrutos - Maio de 2004
Parlamento Europeu - Bruxelas - Abril 2005
É PROIBIDO A REPRODUÇÃO NO TODO OU PARTE DOS TEXTOS E IMAGENS, SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DO AUTOR.

Prefácio

Palavras para quê quando as imagens valem por mil? Por isso serão poucas as que se seguem, apenas as necessárias para realçar o valor emotivo das fotografias que João Freitas, em boa hora, reuniu nesta obra, acrescentando muitas da sua autoria, numa justa homenagem ao seu avô estufeiro, de quem herdou o nome e o amor pela cultura do ananás. Fruto ex-libris, há mais de um século, da ilha de S. Miguel, em parceria com a beleza da sua paisagem, destacando as lindas lagoas, também elas passando, presentemente, por um período existencial difícil.
Misto de arte e ciência, muitas vezes empírita, a cultura do ananás encontra nos estufeiros, com o seu carinho e dedicação, a principal razão da sua longevidade de cerca de 150 anos. Naturalmente, sem esquecer que a tenacidade de uma plêiade de empresários que durante o primeiro século iniciaram a cultura, em estufas de madeira cobertas de vidro, abriram um Banco, uma Caixa Agrícola, criaram uma Companhia de Navegação e empresas exportadoras, tudo para ultrapassarem os desafios que esta produção sempre nos habituou.
É a herança destes exemplos e legado patrimonial, que hoje nos faz continuar a lutar pelo Ananás dos Açores e a tentar encontrar alento para ultrapassar as actuais difículdades.
Nas páginas que se seguem, certamente que encontrarão fotografias que ilustram bem as práticas de cultivo, actuais e outras já desaparecidas ou substituídas pela evolução, mas que permitirão evocar e perpetuar imagens que só, por vezes, a memória fixa e o tempo as faz esquecer.
A finalizar, apenas de referir que o autor João Freitas, nascido em Ponta Delgada em 1962, recebeu o entusiasmo pelo cultivo do ananás nas visitas às estufas, na sua infância, que fez acompanhado o seu avô, naturalmente do pai, ficou-lhe a arte da fotografia, iniciando muito novo a sua carreira profissional, em 1982, nos jornais Açoriano Oriental e mais tarde no Correio dos Açores, exercendo, presentemente, a sua actividade como freelancer.A maior parte das fotografias que compõem esta edição, produto do seu profissionalismo, coragem e persistência e, mesmo com escassos apoios, forma expostos no Restaurante Casa Marisca (Maio de 2002), em Ponta Delgada; no Convento de S. Francisco (Julho de 2002), em Vila Franca do Campo; na Casa dos Açores do Norte (Janeiro de 2003), no Porto; na Casa dos Açores do Algarve (Abril 2004), em Faro e no Parlamento Europeu (Abril 2005), em Bruxelas.
Para uma cultura que no mínimo demora dois anos até se colher o fruto e, não fossem suficientes as razões supracitadas que levaram à edição desta obra, bastaria o seu contributo histórico para justificar, merecer e enaltecer o seu trabalho - o seu testemunho.Termino, pois, felicitando-o por esta nobre iniciativa, com a tradicional expressão rural - BEM HAJA!

Rui Guilherme Pacheco

Nota do autor

Este blogue tem por base uma exposição de fotografias intítulada “Rei”, onde as várias faces de produção do Ananás apararem sobre registo fotográfico.
A ideia de lançar um livro acerca desta cultura, tem por finalidade contribuir para a divulgação desta actividade, para a sua valorização e m conhecimento mais aprofundado da mesma.
Esta tem contribuído significativamente ao longo dos tempos, para a economia Açoriana, essencialmente Micaelense, e dignificado o nosso nome no estrangeiro através das exportações.Rica em cuidados contínuos e horas de intenso trabalho.
São os estufeiros os heróis deste livro, homens de mãos rudes que escondem a delicadeza de quem sabe tratar a terra e os frutos com a dignidade que merecem.
Imortalizar as tradições e a cultura tem sido desde sempre o objectivo das minhas exposições fotográficas.
Embora esta não se delimitem apenas ao espaço geográfico dos Açores, também Portugal Continental tem sido um alvo de divulgação. No entanto as fronteiras geográficas têm-se delimitado atendendo aos apoios.
Talvés porque como autor das mesmas entendi não comercializá-las e mantê-las em exposição na minha residência para todos o quanto as queiram visitar ou as solicitarem para serem expostas.



João Freitas

A HISTÓRIA DO REI


O Rei dos Frutos


Por: Rita Freitas

O Ananás adquiriu o título de Rei dos frutos não só pelo seu peculiar sabor agridoce, mas também porque tem levado o nome dos Açores a todos os cantos do mundo.
A variante do Ananás introduzida nos Açores na primeira década do século XIX é o Smoth-Cayenne, originária da América Central e do Sul.
Inicialmente foi utilizada como planta ornamental e cultivada em vasos em pequenas estufas por produtores abastados.
A necessidade de se substituir a cultura da laranja, afectada pela doença de gomose (Phythophtoro Sappa) foi o factor preponderante para o início de uma fase de experimentação encetada por José Bensaúde e Manuel Botelho de Gusmão.
Manuel Botelho de Gusmão constituí uma mais valia para a cultura de Ananás. Incansável nas suas experimentações e divulgação do processo de cultura.
O sucesso das suas experiências contribui para a exploração económica da cultura do Ananás.
A produção em estufas tornou-se necessária atendendo ao facto do clima das ilhas não ter as mesmas condições que das regiões de origem.
“Por analogia com o que se verifica em outras culturas conduzidas sob condições artificiais, em alguns países europeus com tradição em cultura de estufas, foi reconhecido desde logo a necessidade que o solo deveria dosear elevadas quantidades de material orgânico que obstasse a que a planta do Ananás sofresse de carências nutricionais, ao longo do seu ciclo vegetativo. Construíram-se então as primeiras estufas...” Açoreana 1997.
A “Leiva” manta superficial do solo rica em matéria orgânica que se encontra em terrenos incultos, constituia a “matéria - prima” principal da cultura do Ananás.
Após vários anos de experimentação os Micaelenses aperfeiçoariam a técnica da cultura.
O desenvolvimento da cultura do Ananás como actividade económica teve o seu início em 1864, após os magnificos preços obtidos com o envio de alguns ananases para Londres.
A cultura do Ananás teve um rápido incremento e desenvolvimento.
Passados apenas dez anos, em 1874 exportaram-se cerca de 17.000 frutos.
Em 1875 existiam estufas com capacidade para 40.000 plantas.A cultura do Ananás tomou um carácter industrial com o conhecimento dos efeitos provocados pelo fumo, actua sobre a respiração e assimilação da planta, promovendo uma antecipação da floração e consequentemente da frutificação e amadurecimento dos frutos. Esta descoberta deve-se a Botelho Gusmão.
Este iria contribuir para uma crescente exportação orientada para Inglaterra, Alemanha e Rússia, impondo um carácter industrial a esta cultura.
Em 1913 a receita bruta antigiu cerca de 200.000 libras.

Conjuturas que contribuíram para as crises da cultura de Ananás.

A primeira crise abateu-se sobre a cultura do Ananás com a I Guerra Mundial.
Voltando à normalidade anos mais tarde.
A cultura do Ananás atingiu os seus melhores resultados entre as duas guerras.
Ao eclodir a 2ª Guerra Mundial, os agricultores enfrentaram a pior crise de sempre. Os com menos recursos financeiros viram-se obrigados a vender as suas estufas ou a demoli-las, os produtores médios conduziram a cultura sem qualquer renovação dos aterros ou conservação das estufas.
Esta afectaria todas as actividades profissionais ligadas directamente à cultura do Ananás, tais como “estufeiros”, “leiveiros”, carroceiros, pedreiros, carpinteiros, pintores e trabalhadores rurais.
Dois anos após a guerra,reiniciou-se as exportações para Londres. Os preços praticados compensariam os agricultores que se esforçaram em manter a cultura.
No entanto a Inglaterra encontrava-se numa situação económica catastrófica, levando à imposição da proibição, por parte do governo, da importação de produtos de luxo.
Esta medida levaria os agricultores micaelenses a procurarem outros mercados para exportarem os seus produtos, a Bélgica, França, Alemanha, Suíça, Holanda, Suécia, Itália, Estados Unidos do Norte para além dos já tradicionais como Portugal Continental, Madeira e outras ilhas dos Açores foram o mercado alvo.A exportação atingiu, em 1949 e 1950 volumes da ordem dos 803.524 e 1.033.804 frutos respectivamente.
Uma nova conjuntura surgiria com a adaptação dos agricultores às novas exigências do mercado. A partir de 1940 tudo se conjugou para que os incultos fossem transformados em pastagem artificial, consequentemente a exploração de gado bovino leiteiro ocorreu.
A extracção de “leiva” era posta em causa, surgiam interrogações sobre preservação de uma superfície de incultos para a extracção da mesma.
Foram evidenciados esforços para encontrar matérias orgânicas que a substituíssem “Em 1964, criadas as condições mínimas, e sob a auspicia da então Estação Agrária de Ponta Delgada... Providenciamos os primeiros ensaios de prospecção, que visassem a completa substituição da “leiva” por outros desperdícios orgânicos... Ao fim de quatro anos, resultaram conclusões que apontavam para uma nova técnica cultural... a ramada de incenso e os subprodutos resultantes da exploração das matas, como aparas e serradura de madeiras, podiam substitui-la, com vantagens técnica e económicas, valorizando, por outro lado, aquele material que cresce nas zonas pedregosas... o uso destes materiais, na cultura do Ananás, pode contrariar a prática de extracção da “leiva”, responsável pela degradação acelarada dos solos de onde deriva...a introdução de outros materiais... os desperdícios da planta (caule, folhas e tocas rejeitadas)... em substituição da “leiva”, não afecta as características de vegetação e frutificação da planta, quer no que concerne ao desenvolvimento foliar, quer nas características físicas, químicas e organolépticas dos frutos obtidos...podemos também afirmar que os resultados das análises, a que se têm submetido alguns frutos, indicam que doseiam em teor de compostos aromáticos voláteis diferente e superior aos provenientes de outras origens...Açoreana - 1997.
As crises da cultura do Ananás e a importância desta na economia não foi descurada pelos governos, criaram-se decretos e portarias sempre com a finalidade de as atenuar e solucionar.

Os decretos e portarias Governamentais.
As protecções antes e após a adesão à C.E.

- Decreto nº 24.559 (publicado no Diário do Governo nº 244/2ª Série) de 17 de Outubro de 1934 - Criação da Delegação da Junta Nacional de Exportação de Frutas de S. Miguel. A sua principal função era disciplinar a indústria ananoseira.

- Decreto nº 24.581 (publicado no Diário do Governo nº 247/2ª Série) de 20 de Outubro de 1934 - Regulamentação da produção e comércio de exportação de Ananás.

- Decreto nº 29.584 (publicado no Diário do Governo nº 107/1ª Série) de 10 de Maio de 1939 - Proibição da construção de novas estufas, destinadas à produção de Ananás.
- Portaria nº 9370 (publicada no Diário do Governo nº 265/2ª Série) de 13 de Novembro de 1939 - A actividade dos cultivadores de ananases em regime de cultura forçada, na ilha de S. Miguel, passa a ser condicionada em função das possibilidades de escoamento dos produtos e a colocação nos mercados consumidores através de cotas.

- Decreto-Lei nº 504785 de 30 de Dezembro - Criação da Organização Nacional do Mercado do Ananás, protecção da produção Açoreana das concorrências de ananases de outras origens. No período de pré-adesão à C.E..

Após a adesão à Comunidade Económica estes mecanismos deixaram de poder ser aplicados. Procurou-se defender a produção Açoriana através de negociações de ajuda à produção no âmbito do POSEIMA e pela valorização da qualidade do produto através da criação da Marca Colectiva de Origem e posteriormente com a Denominação de Origem Protegida (D.O.P.) Baseada nos seus métodos tradicionais de produção (regulamento CEE 2081/92 do Conselho de 14 de Julho e Despachos do Secretário Regional da Agricultura e Pescas 2/94 e 3/97).

O reconhecimento da D.O.P. Foi requerido pela PROFRUTOS, compete-lhe cumprir com o Caderno de Especificações, no qual estão defenidas as regras de produção e comercialização.
Relativamente à produção o Caderno de Especificações dispunha no seu Artº 14 que um dos componentes a utilizar nas “camas quentes“ seria a “Leiva”, extraída em zonas protegidas.Em Dezembro de 1997 este seria alterado retirando a “Leiva” da cultura do Ananás. Sujacente a esta decisão estava a defesa do Património Natural.

Características das Estufas

As estufas são de formato rectangular, cobertas de vidros pintado com cal que mantêm a luminosidade e a temperatura ambiente tropical necessária para destilar a doçura e o desenvolvimento saudável do fruto, formam duas águas com uma inclinação aproximada de 33º e aquecidas apenas pelo sol.
Na parte superior da cobertura os “alboios”, que servem para regular a temperatura e a ventilação interior da estufa.
O interior da estufa é dividido por tabuleiros ou canteiros, separados ao meio por um canteiro de pedra, estes dividem-se em vãos, o espaço que vai de ferro a ferro do suporte da cobertura.

Como se processa a cultura do ANANÁS

A produção do ANANÁS necessita de cuidados muito especiais, segredos bem guardados pelos experientes estufeiros que os passam de geração em geração.

Cama das estufas

Tanto no estufim como na estufa é preparada uma cama. Estas são feitas com a sobreposição de várias camadas de terra velha, terra já utilizada noutras estufas, rica em matéria orgânica, mondas, folhas de ananases, fetos ervas e caruma de pinheiro, rama de incenseiro e farelo.
Os brolhos passam por um processo de desabrolho de delicados cuidados que tem uma durabilidade de seis meses.
Nos estufins, estufas mais pequenas, plantam-se as tocas a uma distância de 10 cm de intervalo entre cada uma e cobrem-se de terra.
Nos primeiros quinze dias rega-se diariamente, e depois alternadamente.
A temperatura do estufim neste período é de vital importância, deverá estar superior a 26º C subindo até os 38º C.Após um mês os brolhos despontam, desenvolvendo-se no estufim até seis meses.
As jovens plantas são então transplantadas para as estufas (dispostas de 50 cm umas das outras) sendo regadas até à fase de maturação, nas primeiras duas semanas a rega é diária.

O Processo do Fumo

Este tem por finalidade fazer florescer as plantas do ANANÁS todas ao mesmo tempo.
Três a quatro meses após a plantação inicia-se o processo de “fumo”. Este processa-se por um período de quatro a oito dias no Verão e de oito a quinze no Inverno e consiste na queima de aparas e verduras num recipiente próprio, estes são deixados no final do dia no interior das estufas.
No dia seguinte abrem-se as portas e os alboios das estufas para arejá-las.

Durabilidade da Cultura

O período completo da cultura, que vai desde a plantação dos brolhos até ao corte do fruto tem a duração de dezoito meses.

Rita Freitas
O REI NAS SUAS VÁRIAS FASES DE PRODUÇÃO

1 - Limpeza da toca, esta origina o "Brolho".

2 - Cama para plantar o "Brolho".

3 - Plantação do "Brolho".

4 - Desabrochar do "Brolho" que dá origem à planta do ananás.

5 - Preparação da cama para plantar a planta.

6 - Plantação da planta.

7 - Caiar a estufa, tem por finalidade filtrar a radiação solar.

8 - Aspecto geral de uma estufa acabada de plantar.

9 - Fumo para que as plantas floresçam em simultâneo.

10 - Abrir o "alboio" - controlo da temperatura da estufa.

11 - Flor da planta.

12 - Tanque de armazenamento das águas da chuva para rega.

13 - Rega - a quantidade de água utilizada é bastante significativa.

14 - Monda das estufas é efectuada entre 10 a 12 vezes nos 18 meses.

15 - Ananás jovem.

16 - Corte da folha, evita o afogamento do fruto.

17 - "Capar" o ananás, fortalece o fruto.

18 - Ananás verde.

19 - Aspecto de frutos em crescimento.

20 - Ananás maduro, pronto para corte.

21 - Aspecto de estufa com frutos para corte.

22 - Corte do ananás maduro.

23 - Comercialização.

24 - Ananás miúdo, para consumo local.


25 - Limpeza da estufa, inicia-se um novo ciclo de produção.
O REI NA SAÚDE
ANANÁS
Por: Dr João Anselmo


A designação ananás teve origem nos nativos de algumas tribos da América Central que começaram por chamar ao fruto “nanas”, ao qual mais tarde adicionaram a mesma síliba, com o objectivo de reforçar o conceito de sabor dos sabores. Quando da sua chegada à ilha de Guadalupe, no caminho para a América, Cristovão Colombo e a tripulação da sua armada mataram a fome e a sede com este fruto que ele descreveu “ como um fruto delicioso em forma de pinha” ( dai a designação anglosaxónica de pineapple ) e que os nativos serviam em rodelas, em sumo ou até sob a forma de vinho.
Apesar de já no século XV ser servido e apreciado um pouco por toda a Europa, foram necessários cerca de 2 séculos para que os primeiros frutos fossem cultivados em estufas na Inglaterra. O ananás foi introduzido em S. Miguel - Açores como planta ornamental, em meados do século XIX. Com o correr dos anos este excepcional fruto transformou-se num verdadeiro ex-libris da região.
O ananás é rico em potássio, vitamina C e provitamina A. É um alimento a evitar se sofrer de úlcera gástrica, duodenal ou gastrite. Quando às virtudes ditas de emagrecimento, elas fundamentam-se no facto do ananás fornecer um baixo aporte calórico levando o organismo a consumir as suas reservas de gordura quando ingerido isoladamente durante dias consecutivos. Apesar deste pressuposto, não só nenhum estudo demonstrou a eficácia do ananás neste domínio, como em contrapartida se sabe, desde há muito, que o sumo de ananás permite às pessoas que sofrem de insuficiência pancreática recuperarem peso devido à sua riqueza em bromeleína, uma enzima capaz de digerir em poucos minutos cerca de 1.000 vezes o seu peso em proteínas. A acção desta enzima sobre a fibrina, que é a principal proteína existente nos exsudados inflamatórios, justifica os efeitos antinflamatórios do ananás, quer quando ingerido, quer após aplicação cutânea sob a forma de extratos. É ainda esta enzima e a sua acção antiproteica que justifica a redução da celulite nas dietas ricas em ananás. Existem várias formas de enriquecer uma dieta em ananás: através de sumos frescos ingeridos antes e durante as refeições; em pedaços acompanhando as saladas; em rodelas, como forma de sobremesa.